segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Evolução da logo marca da "Rede Globo"

O primeiro logotipo criado pelo Hans Donner mudou o conceito. Foi uma revolução. A estréia do novo design foi em 1975. Desde então, nesses últimos 33 anos, já com a ajuda dos computadores, ele foi recriado cinco vezes. Sempre dentro do mesmo conceito, mas com pequenas modificações.

Renovar a identidade visual é o grande trunfo que a Globo joga de tempos em tempos para se diferenciar das outras emissoras. Mas desta vez, além disso, ela aproveita para se destacar como pioneira no Brasil, apontando para a nova estética proporcionada pela tecnologia de imagens de alta definição e formato de cinema dos novos televisores, propagandeando os novos ideais de consumo e imersão para a população que ainda sonha com uma TV de 29 polegadas na sala, sendo otimista. Para mim, uma idéia de gênio, e só.

As implicações de uma reformulação de identidade são imensas pro pessoal do design, algo que acredito que não deve ter sido levado em consideração no momento da criação lá pelos publiciteiros. Mas afinal de contas: o que mudou no redesign? A galera fervorosa xiíta critíca, debate, solta o verbo e diz que não mudou nada ou quase nada. Eu tenho minhas dúvidas, vejamos: a mudança mais perceptível é o novo prateado, degradê e sombreado que fazem parte das duas esferas; em seguida temos o novo retângulo representando o formato widescreen das TVs digitais e que é preenchido com linhas horizontais nas cores do espectro da luz visível.

A mudança do formato 4:3 (standart) para 16:10 (widescreen) modifica completamente o equilibrio da imagem, não é uma mudança tão simples assim. O globo agora figura um rítmo horizontal que se assemelha a de um olho.

Mas o que temos agora, acima de tudo, com esse novo símbolo é um novo paradigma estético do que é a TV brasileira. Aliás, estética essa que não é nada nova e que na verdade passa por um grande modismo hoje em dia, em vários campos do design – até nas coleções de moda o prateado está em voga -, na internet, na música, etc.

Referências datadas? Breguice? Ou o modismo cool revisitado? A impressão que tenho é que tudo isso já parece ser antigo e demodé antes mesmo de envelhecer.
Sempre rola aquela vergonha alheia como quando vemos alguma imagem de quinze ou vinte anos atrás e pensamos “puta merda! que roupas toscas aquele pessoal usava”, “que filme trash fudido da porra!” e todas as tosqueiras videográficas da década de 80 e início de 90.
Porém, contudo, entretando não há motivo para alarde nem choradeira. Não vai demorar muito para nos acostumarmos a essas e outras mudanças que estão por vir, continuando o ciclo de transformação das coisas.

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